Cyberbullying
Violência perpetuada por meio de texto e aplicativos, redes sociais, fóruns ou jogos onde os adolescentes podem ver, participar ou compartilhar conteúdos prejudiciais ou humilhantes. Inclui enviar, publicar ou compartilhar conteúdo negativo, falso, maldoso, destrutivo sobre outra pessoa. Atualmente ampliadas e fazendo parte das redes de ódio e discriminação, disseminadas por algoritmos e suas bolhas de seguidores. |
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Cyberstalking
É uma maneira de perseguição online. Envolve o uso de tecnologia - na maioria das vezes se utiliza das mídias sociais, bancos de dados da Internet, mecanismos de busca e outros recursos online - com intenção de deixar alguém com medo, invadindo sua privacidade e limitando sua liberdade de locomoção e segurança. |
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Deep Fakes
São desinformações e mentiras que usam das imagens ou vozes gravadas ou manipuladas tecnologicamente das pessoas em vídeos e também podendo solicitar “favores” sexuais ou estimulando discriminações em redes de ódio. |
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Desafios perigosos
São atos de violência, geralmente em vídeos provocativos que desafiam os adolescentes, na sua curiosidade e impulsividade, porém com sérios riscos e danos de fatalidade, coma, queimaduras ou pneumonias por aspiração. Geralmente são vídeos ou jogos de não-oxigenação, de enforcamento, de depilação à cera quente, aspiração de mistura de pós brancos ou mesmo tirar fotos e selfies em locais perigosos para compartilhamento em plataformas de livre acesso ou redes sociais . |
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Estupro virtual
O ato de constranger alguma criança ou adolescente para que pratique em frente à webcam alguma cena libidinosa ou ato sexual, como masturbação, sexo oral, posições ou toques íntimos, sob violência ou grave ameaça, podendo ser considerado crime de estupro, ainda que ocorrido no ambiente virtual. Tanto sextorsão como estupro virtual são tipificados no Código Penal em seu Título VI “DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL ”, pelas alterações promovidas pelas leis 12.015/2009 e 13.718/2018 . |
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Flaming ou provocação online
Implica no envio de mensagens vulgares ou com conotação de hostilidade em relação a uma pessoa. Podem ser enviadas para um grupo ou para a própria vítima. |
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Grooming
É um assédio sexual por tentativa de acercamento ou empatia, como ato de sedução ou atração, com fotos/imagens ou vídeos, que são visualizados e trocados com agressores/predadores, muitos usando perfis falsos, para conhecer melhor a vítima, estabelecer uma relação de confiança e contato para às vezes, marcar algum encontro com este desconhecido. Se houver dados de geolocalização ou georeferência, poderá implicar na segurança física da pessoa. Muito usado, também no tráfico sexual e no turismo sexual de crianças e adolescentes. |
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Nudes
São fotos, imagens ou vídeos de nudez e exposição do corpo ou partes do corpo, transmitidas como fantasia e com a intenção de iniciação sexual ou erotização precoce. |
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Phishing
Crime de enganar pessoas para o compartilhamento de informações confidenciais, como senhas, endereços, fotos, abertura de outros links, prometendo prêmios ou recompensas, e se infiltrando facilmente em programas dirigidos às crianças e adolescentes. |
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Porn revenge
É a pornografia de vingança e a divulgação não consentida de imagem íntima ou sexual geralmente feita quando um dos parceiros divulga material produzido durante vínculo afetivo, como forma de punição pelo término do relacionamento ou namoro (artigo 218-C, do Código Penal). |
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Redes de pedofilia
Redes que atraem pessoas imaturas e com problemas na expressão de sua própria sexualidade e com transtornos mentais dirigidos na atração de crianças e adolescentes, para seus próprios fins de satisfação sexual. Nem todos pedófilos são violentos/abusadores/predadores e podem estar disfarçados em todas as classes sòcio-econômicas, inclusive, autoridades governamentais, artistas e celebridades Brasil é um dos países líderes nas redes de pornografia e pedofilia. |
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Redes de pornografia
Sempre existiram em todos os tipos de midias, mas atualmente amplamente disseminadas via Internet e fora de controle, pela facilidade de acesso aos materiais como vídeos, fotos, imagens, muitas vezes distorcendo a sexualidade, o corpo ou relações sexuais como objetos de consumo e como formas de assédio sexual envolvendo crianças e adolescentes. A produção, transmissão, aquisição ou armazenamento de cenas de sexo explícito ou pornográfico são tipificados como crimes nos artigos # 218-C do Código Penal e nos artigos #240, 241, 241-A, 241-B, 241-C, 241-D do ECA, inclusive quando existe o envio de mensagens sexuais com ou sem exposição de partes íntimas, assim como forçar uma criança a assistir ou praticar algum ato sexual, entre outras atitudes possíveis e ordinariamente praticadas nas e por meio das diversas mídias sociais e digitais, comunicadores instantâneos abrangendo os chats de games. Há um movimento internacional no sentido de alterar a nomenclatura de “redes de pornografia” para “redes de compartilhamento de material de abuso sexual infantil”. O objeto é relevante: transmitir a mensagem de que por detrás de cada imagem ou vídeo onde há conteúdo pornográfico de crianças sempre haverá um abuso sexual precedente. Em outras palavras, a pornografia infantil retrata, antes de tudo, um abuso sexual infantil. |
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Sexting
Práticas de envio de mensagens de texto com conteúdos sexualizados (sex+texting), atualmente incluindo também vídeos ou pornografia para a erotização, provocação, sedução ou atrair a curiosidade e fisgar a criança/adolescente na rede. O compartilhamento desses conteúdos também se denomina como a prática do sexting. Na pesquisa Tic-Kids-Online-Brasil-2019, o total de 15% de crianças e adolescentes entre 9-17 anos já tinham recebido ou compartilhado imagens ou vídeos de conteúdo sexual nos últimos 12 meses. |
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Sextorsão
Quando uma foto ou imagem, tipo nudes, é receptada por alguém que tem a intenção de causar dano à pessoa que enviou e chantageia por dinheiro, ameaçando tornar a imagem pública ou explorando comercialmente esta violência sexual. |
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Sharenting
São fotos ou imagens de crianças com nomes ou dados de identificação que são colocadas por seus pais ou qualquer pessoa, muitas vezes sem a intenção de abuso, mas que vão sendo compartilhadas publicamente por falta dos critérios de segurança e privacidade nas redes sociais, e se tornam elementos distorcidos e transformados por predadores em crimes de violência e abusos nas redes internacionais de pedofilia ou pornografia. |
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Trotes
São abusos ou assédios ritualísticos, com humilhação e a exigência de realização de tarefas sem sentido, muitas vezes, também de conotação sexual, para entrada ou pertencimento em grupo de pares, como calouros ou novatos, nas escolas ou universidades, em rituais de iniciação ou “batismo de fogo”28. São consideradas como “brincadeiras” ou “pegadinhas” pelos adolescentes, e são transmitidas em vídeos como “ondas”. São provocativas caracterizando assédio moral e abuso de poder, com consequências traumáticas. Outras denominações em inglês: hazing, ragging ou fagging. |
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